Tem explicação:
Márcia Abos, O Globo Online
SÃO PAULO - "Se eu não contar com meus amigos, vou contar com quem?" Esta foi a pergunta que Dunga, magoado, lançou à torcida brasileira, que vaiou nesta quarta-feira o desempenho da seleção brasileira na partida das eliminatórias da Copa do Mundo contra o Uruguai no Morumbi. Apesar do descontentamento dos torcedores, o Brasil venceu a partida de virada, por 2 a 1 . O técnico comemorou um dos gols do artilheiro Luís Fabiano batendo vigorosamente na cobertura do banco de reservas. Em coletiva nesta quinta-feira em São Paulo, talvez a última deste ano, Dunga explicou que a comemoração foi uma forma de se desafogar da pressão e criticou a torcida que, segundo o técnico, chegou a incomodar jogadores experientes.
- Nós jogamos em casa e esperávamos que tivesse uma reação para levar o time para cima, mas a reação foi contrária. Parecia que estávamos jogando fora de casa. É verdade que nós não estávamos bem. Mas mesmo assim, se eu não contar com meus amigos, vou contar com quem? Alguns jogadores ontem, mesmo experientes, acharam que o clima não os ajudou a jogar. A gente espera que em um momento de dificuldade a torcida jogue o time para cima. Não é um determinado jogador que está em campo, não é o Dunga, é a seleção brasileira. É o meu país. Vi o jogo da Argentina contra a Colômbia, que estava dando um passeio. A torcida argentina torcia mais ainda ao ver a dificuldade de seu time.
O treinador defendeu enfaticamente Ronaldinho Gaúcho, que deixou o campo debaixo de vaias para ser substituído por Josué. Disse que se espera dele a cada jogo um show, mas que ele não tem como resolver tudo sozinho, ou ser o salvador da pátria.
- Tem que deixar ele ser feliz. O que ele mais gosta é jogar futebol. Estamos com a corda muito apertada em cima do Ronaldo. Tem que deixar ele mais relaxado. Deixar ele viver mais.
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